segunda-feira, 30 de abril de 2007

Os gringos na Bolsa


O investidor estrangeiro tem tido papel fundamental no atual virtuoso momento que a Bolsa de Valores de São Paulo atravessa, marcado por sucessivos recordes em várias frentes, como pontuação, volume negociado e quantidade de operações diárias inéditos.

Se, por um lado, a entrada de capital externo tem dado impulso à Bovespa, por outro, analistas lembram os riscos que uma crise internacional costuma trazer a esse movimento positivo, podendo afugentar esses recursos do mercado doméstico.

Uma confluência positiva dos cenários externo e interno tem elevado a atratividade do mercado acionário doméstico.

A economia brasileira atravessa um período de maior estabilidade, o que exclui do horizonte dos investidores muitos temores e incertezas. Na outra ponta, no entanto, há uma grande liquidez internacional _isso significa que há muito dinheiro em busca de retornos mais interessantes.

"Vemos o estrangeiro apostando em ações brasileiras e destinando investimentos que não são de curto prazo", afirma Roberto Nishikawa, diretor-presidente da Itaú Corretora. Atento a esse cenário, o Itaú tem atualmente representantes em Nova York, Londres e Hong Kong.

O movimento dos últimos dois anos levou os estrangeiros a voltarem a ser a categoria que mais realiza operações na Bovespa _posto que haviam perdido entre 2003 e 2004_, representando hoje cerca de 34% dos negócios totais feitos no mercado acionário.

No ano passado, entre compras e vendas, os estrangeiros movimentaram US$ 194,73 bilhões. Em 2005, ano do recorde de movimentação anterior, havia sido girado por esses mesmos investidores um total de US$ 107,58 bilhões.

* Fonte: Folha Online

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